quarta-feira, 19 de maio de 2010

O que sobrou do céu...


Enquanto desempenhava a minha função de repórter e aguardava a chegada de alguns gatos pingados da FIFA para vistoriar o início das obras para a Copa de 2014, um vento um pouco mais forte acabou derrubando uma barra de ferro (parte da estrutura de uma barraca) bem na minha cabeça. Não cheguei a cair e não chegou a cortar minhas têmporas. Apenas um galo latejante se fez presente. Alguns colegas vieram a meu socorro imediatamente: “Está tudo bem”? – diziam alguns repórteres e fotógrafos em coro oníssono.

Poucos segundos depois, uma assessora do governo veio em minha direção. Não houve muita conversa. Fui parar no Walfredo Gurgel, onde meu tratamento foi VIP por se tratar de uma assunto de “governo” – já imaginaram? Pela primeira vez andei em cadeira de rodas, tirei Raio – X e entrei em um hospital como paciente e não como bisbilhoteiro inquisidor. A sensação foi um pouco estranha.

Raio – X de cabeça, coluna, remédio na veia para diminuir minha dores e relaxante muscular. Depois de algumas horas, já estava em casa de papo pro ar, deitado e fazendo manha pra mamãe. Barganhei a compra de um pote de sorvete. Durante o dia, recebi dezenas de ligações. Algumas, malhando da minha cara. Outras desejando melhoras, apenas. O ferro na cabeça rendeu até charge em jornal. Afinal, ferro na cabeça dos outros é refresco...

Um comentário:

  1. kkkkkkkk! Ow, Felipe! Mas ao menos teve a sorte do tratamento Vip, né! Ninguém aqui quer imaginar o que aconteceria se você fosse ao querido W.G como um cidadão comum. Abraço

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